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Ponto Baixo em X ou V no meu amigurumi? Conheça as diferenças entre os pontos Cruzado e Tradicional.

  • Foto do escritor: Francine da Ine'stuff
    Francine da Ine'stuff
  • 20 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 13 de jun. de 2024



 

Lá no comecinho do meu aprendizado em amigurumi ficava eu, toda faceira, pesquisando referências visuais no Instagram e Pinterest, favoritando receitinhas descoladas no Etsy, caçando bichinhos esquisitos porém fofíneos para fazer testes aqui em casa e percebia que, quando finalizava as peças, elas ficavam muito diferentes dos bonecos nas fotos! Isso me deixava um tanto frustrada, já que meu resultado não era assim tão satisfatório em termos estéticos.


Não me deixei abater pelas frustrações e passei a inve$tir em receitas que eu gostava muuuito a fim de compreender o que nelas havia de tão diferente que tanto me chamavam a atenção.

Foi então que a maravilhosa Yan Schenkel e sua intrépid'A Banda do Pipa Pau (livro publicado em português em 2018 pela Editora Gustavo Gili) trouxeram a solução para os meus problemas!


A resposta era simples: percebi que a maior parte das peças que eu gostava eram feitas em Ponto Baixo Cruzado... ou ponto baixo em X !

Esse ponto nada mais é que uma pequena variação no modo de executar o ponto baixo tradicional, aquele que aprendemos a fazer desde pequenas com as sábias mulheres de nossas famílias e que carregam tantas memórias afetivas...


AS DIFERENÇAS:


Visualmente, notamos que o ponto baixo tradicional, quando finalizado, possui uma forma em V, ao passo que o ponto baixo cruzado cria um pequeno X quando pronto.


Ponto Baixo Tradicional ( ponto em V )
Ponto Baixo Tradicional ( ponto em V )
Ponto Baixo Cruzado ( ponto em X )
Ponto Baixo Cruzado ( ponto em X )

A princípio, não notamos tanta diferença no crochê circular ou em peças que possuam apenas uma cor ou formatos simples, mas tal diferença fica evidente quando se faz trocas de cores contínuas, como em estampas listradas ou padronagem de cor.


Acima, amostra em ponto baixo cruzado e, abaixo, em ponto baixo tradicional
Acima, amostra em ponto baixo cruzado e, abaixo, em ponto baixo tradicional

Também há uma distinção em relação ao tamanho final das peças, já que no crochê em ponto baixo cruzado, os pontos ficam naturalmente mais fechados e, como resultado, obtemos peças um pouco menores do que quando feitas em ponto baixo tradicional. No caso dos amigurumis, esse efeito de "ponto mais apertado" é muito vantajoso pois, no momento em que colocamos enchimento, se corre menos risco do trabalho ceder e a peça deformar ou ficar com os espaços entre pontos abertos.


Na prática, a diferença na execução é bem simples:


  • No Ponto Baixo Tradicional, após inserir a agulha no espaço a ser trabalhado, trazemos a laçada colocando a agulha abaixo do fio que vem do novelo (como na foto a seguir).

  • Já o Ponto Baixo Cruzado é feito puxando a laçada com a agulha sobre o fio!


Execução do Ponto Baixo Tradicional ( ponto em V )
Execução do Ponto Baixo Tradicional ( ponto em V )
Execução do Ponto Baixo Cruzado ( ponto em X )
Execução do Ponto Baixo Cruzado ( ponto em X )

Quem me conhece e já fez aula presencial comigo sabe que sou uma defensora do uso do Ponto Baixo Cruzado em amigurumi pois, como dito acima, por criar uma malha mais fechada, ao inserimos o enchimento, nosso acabamento fica mais estruturado e menos "esburacado"... além do simples fato de me agradar mais visualmente.


Isso não quer dizer que esse seja o modo correto de se fazer bonecos de crochê, já que NÃO EXISTE CERTO OU ERRADO (!!) em nenhuma técnica, apenas maneiras que mais nos agradam ou que melhor nos adaptamos quando trabalhamos!


No mais, espero que esse post tenha esclarecido algumas dúvidas e colaborado para seu desenvolvimento nessa técnica tão linda e democrática chamada CROCHÊ! <3

Beijos e até a próxima!


 

Francine Soares é a artesã por trás da Ine'stuff Crochê Contemporâneo, Mestra em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), especialista em Metodologia do Ensino de Artes (UniCesumar) e Tecnóloga em Design de Interiores (Unoeste).

Mora na metrópole desvairada há pouco mais de meia década, é mãe de dois catioros, prefere happy hour no boteco debaixo de casa, sabe que precisa voltar a praticar yoga mas não larga das agulhas nem quando está muito cansada. É fã de literatura fantástica, de bandas que foram jovens lá na década de 1970 e talvez tenha visto os filmes do Harry Potter bem mais vezes que as versões estendidas de O Senhor dos Anéis. No entanto, crocheta enquanto assiste CSI - qualquer um deles que estiver passando na TV.

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